Os equipamentos de proteção devem ser sempre recomendados em qualquer tipo de trabalho. E por que? São esses equipamentos que protegem a integridade e a saúde do trabalhador e, inclusive, de terceiros que estão à sua volta.
Os EPCs ou Equipamento de Proteção Coletiva são um grupo de dispositivos que protegem e previnem riscos em funcionários de indústrias dos mais variados tipos.
Se você tem uma empresa ou trabalha em uma e quer saber mais sobre quais EPCs são fundamentais para o dia a dia, acompanhe o artigo abaixo! Além das descrições, você também vai entender melhor sobre a importância e como incluir os Equipamentos de Proteção Coletiva na rotina.
O que são EPCs?
EPCs, como já mencionado, é uma sigla para o termo Equipamento de Proteção Coletiva e é de uso obrigatório nas mais variadas empresas e indústrias. Essas proteções devem estar presentes no dia a dia de trabalhadores, principalmente, dos ramos de:
- Construção Civil;
- Logística;
- Combustíveis e inflamáveis;
- Eletricidade;
- Metalúrgicas;
- Marcenaria;
- E muitas outras.
Esses equipamentos são fundamentais para garantir bem-estar e prevenir acidentes, além de evitar multas para o próprio empregador – já que os EPCs são obrigatórios por lei.
No entanto, muitos tipos de Equipamentos de Proteção Coletiva acabam passando despercebidos, principalmente, aqueles menores e que ocupam menos espaço. Por isso, é importante atentar-se aos tipos de EPCs existentes para que não falte nenhum.
Tipos de EPCs
Vários itens são considerados EPCs e devem ser usados de forma obrigatória. Confira abaixo uma lista deles!
- Kit de primeiros socorros com ítens básicos;
- Kit para limpeza (derramamento biológico, químico ou radioativo);
- Detectores de fumaça implantados em locais comerciais, em ambientes esportivos e industriais;
- Isolamento acústico para trabalhadores que ficam expostos a ruídos constantemente;
- Sinalizações caso houver riscos no ambiente/espaço, como piso escorregadio, buracos, etc. Podem ser cones, placas, cavaletes, fitas de sinalização, etc;
- Sistema de ventilação e controle de frio e calor, para trabalhadores que ficam expostos a altas mudanças de temperatura;
- Proteção em construções: como guarda corpo, corrimão, cintas de segurança, etc;
- Chuveiros lava-olhos e pias de emergências;
- Capela química para trabalhadores que fazem uso de produtos químicos;
- Sistema de iluminação de emergência;
- Extintores de incêndio;
- Sensores de presença;
- Barreiras contra luminosidade intensa e descargas atmosféricas;
- Fitas antiderrapantes para escadas;
- Proteção de circuitos ou qualquer equipamento elétrico;
- E muitos outros.
As vantagens dos EPCs
Para além de vantagens que acabam sendo mais “óbvias” – no caso da saúde do trabalhador, por exemplo – existem vários outros benefícios que fazem com que os Equipamentos de Proteção Coletiva sejam vistos muito mais como investimento do que como um gasto.
Além de reduzir acidentes de trabalho e colaborar com a saúde do trabalhador, a comodidade é muito maior por ser um equipamento de uso coletivo (e não individual).
Um outro ponto é que, depois de um tempo, o uso dos EPCs pode ser considerado um investimento a longo prazo, se tornando algo de baixo custo para empresários – já que os EPCs não precisam ser trocados com muita frequência e, com uma manutenção periódica, eles são mantidos por anos.
Outro fator vantajoso é a melhoria das condições de trabalho, que garantem uma maior comodidade e tranquilidade para o funcionário, e uma maior produtividade e desempenho profissional para a empresa.
Mais um ponto benéfico é a confiança que o trabalhador deposita na empresa: quanto mais equipamentos de proteção são colocados como obrigatórios, mais os funcionários sentem que a empresa segue em conformidade com a lei e com a qualidade de vida no trabalho.
Em resumo, sem dúvida nenhuma, a melhor forma de garantir produtividade, tranquilidade e trabalho efetivo em uma empresa é fazendo uso dos EPCs – as formas mais eficazes de prevenir acidentes e doenças ocupacionais.
EPI, EPC e a ergonomia no trabalho
Você já deve ter notado que há uma grande diferença entre os tipos de equipamentos de proteção e, inclusive, em relação à obrigatoriedade de cada um deles, certo?
Isso acontece porque existem diversos tipos de equipamentos: aqueles que são individuais (EPIs), os coletivos (EPCs, foco desse conteúdo) e os equipamentos voltados para ergonomia no trabalho – que podem, ou não, ser obrigatórios.
As diferenças são as seguintes:
EPIs
Os Equipamentos de Proteção Individual (ou EPIs) são obrigatórios e fundamentais para proteção dos trabalhadores. A diferença é que cada funcionário tem o seu equipamento e é de uso particular. Alguns EPIs são:
- Capacetes de segurança
- Luvas descartáveis;
- Óculos de proteção;
- Botinas ou botas de PVC;
- Protetores auditivos;
- Protetores respiratórios;
- Cinturões de segurança;
- Etc.
EPCs
Como já mencionado, equipamentos que são usados coletivamente, já que protegem e previnem problemas para o trabalhador e terceiros.
Equipamentos para ergonomia no trabalho
Alguns equipamentos focados na ergonomia do trabalho também são obrigatórios e podem ser definidos pelas empresas – de acordo com a NR-17 (normas regulamentadoras).
Esses tipos de equipamentos costumam ser mais frequentes em empresas dos ramos de contabilidade, advocacia ou em escritórios e agências no geral – tipos de trabalho em que a pessoa acaba ficando bastante em apenas uma posição (como sentada na frente do computador, por exemplo).
A NR-17 estabelece padrões de adaptações para condições de trabalho, incluindo no home office, e a empresa deve se adequar a realidade de cada funcionário. Se não o fizer, há chances de problemas judiciais e multas.
Alguns tipos de equipamentos focados na ergonomia no trabalho são:
- Cadeiras confortáveis e ergonômicas;
- Suporte para os pés;
- Suporte para notebooks;
- Assentos para descanso;
- Pausas programadas para mudar de posição;
- Bancadas e espaço para o trabalho;
- Equipamentos para pernas, pés, postura, lombar e pescoço;
- Etc.
Todo e qualquer tipo de equipamento para proteção, seja individual, coletivo e focado na ergonomia, também devem ser cobrados pelo próprio trabalhador – já que é um direito previsto por lei.
Empresas e a obrigatoriedade dos EPCs!
A NR 01, NR 04 e a NR 09 são normas regulamentadoras que abordam a obrigatoriedade dos equipamentos de segurança. Dessa forma, é imprescindível que o empregador minimize e controle quaisquer fatores de riscos para seus trabalhadores, incluindo adoção de medidas de proteção que sejam coletivas.
A Norma Reguladora 09, por exemplo, estabelece a aplicação do “Programa de Prevenção de Riscos Ambientais” ou PPRA. Os objetivos do PPRA são os de avaliar e prevenir quaisquer riscos que o ambiente de trabalho possa oferecer ao trabalhador – e, no caso, o uso de Equipamentos de Proteção Coletiva é uma das medidas desse programa.
E se a sua empresa não adotar o uso de EPCs?
Se alguma empresa não cumprir com o que está estabelecido nas Normas Regulamentadoras, ela corre um grande risco de sofrer multas e penalidades, além da responsabilização se acontecer algum acidente de trabalho.
O trabalhador também precisa estar atento ao uso dos EPCs e, caso a empresa não disponibilizá-los, é possível fazer uma denuncia junto ao Ministério do Trabalho, a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) ou ao SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho).
Como usar os EPCs no dia a dia?
Os equipamentos de proteção podem ser usados no dia a dia com graus diferentes de necessidade, até porque, eles precisam estar disponíveis mesmo que jamais sejam usados.
Para deixar os materiais visíveis e para fazer com que todos lembrem do uso dos EPCs, algumas dicas abaixo podem ser bem aplicadas. Confira:
- No caso de cones ou correntes de segurança: você pode sinalizar a necessidade do uso desses EPCs através de placas ou como lembrete para funcionários e áreas específicas. Exemplo: deixe a responsabilidade para o supervisor de determinado setor de sua empresa, para que ele garanta o uso de cones e correntes sempre que necessário;
- No caso de sirenes e alarmes: a grande maioria desse tipo de EPC é disparado automaticamente. No entanto, se houver algum que tenha que ser disparado de forma manual, o ideal é que alguma figura ou setor fique responsável por isso. Uma outra saída é disponibilizar treinamentos para que todos os funcionários sigam protocolos específicos caso houver emergências;
- Placas de sinalização: no caso de placas, como aquelas de “piso molhado”, por exemplo, é possível deixar a responsabilidade para o próprio funcionário que for fazer o trabalho naquele local. Também é possível deixar a função com alguma supervisão para checar se todas as sinalizações estão nos lugares corretos;
- Detectores de fumaça: esse tipo de EPC funciona automaticamente. No entanto, também é importante que haja treinamentos e simulações para que os funcionários saibam como proceder diante de uma emergência;
- Comando de acionamento: esse tipo de EPC é necessário para funcionários que utilizam máquinas. No caso, o comando obriga que o operador mantenha suas mãos em um lugar seguro e longe de riscos durante o uso. Nesses casos, é muito difícil deixar uma supervisão como responsável e, por isso, treinamentos, simulações ou até placas para lembretes são super necessários.
Como garantir segurança no trabalho?
A segurança no trabalho, cada vez mais, é tópico essencial em qualquer indústria, de qualquer segmento ou tamanho. Esse é um elemento que faz muita diferença e contribui para a saúde e bem-estar de todos que trabalham no local.
Porém, como manter a segurança no trabalho e deixar todos os funcionários a par desta necessidade? Acompanhe algumas dicas!
Faça um mapeamento de riscos
Primeiro, você precisa estar ciente do quanto e de como a sua empresa pode ser nociva a vida do funcionário. Dessa forma, é importante que haja um mapeamento completo de todos os riscos que trabalhadores, terceiros e você, inclusive, sofrem ao estar no ambiente.
Para fazer esse mapeamento, conte com as Normas Regulamentadoras para que esse processo seja feito de forma completa. Nesse link, estão centralizadas todas elas – da NR-01 a NR-37.
Diminua o máximo de perigos
Depois do primeiro mapeamento, é necessário atuar de forma preventiva e seguir todas as NRs. Assim, é necessário que haja uma diminuição do máximo de riscos que os funcionários correm no ambiente de trabalho.
No caso de atividades insalubres e perigosas, a NR-15 e a NR-16 evidenciam o que deve ser feito para aumentar a segurança dos funcionários e o que deve ser evitado. Outra Norma Regulamentadora importante é a 33 que foca em atividades que devem ser feitas apenas em áreas confinadas e de acesso completamente restrito.
No caso de funcionários que estão constantemente expostos a altura, a NR-35 determina condições de segurança e, caso houver algum acidente, ela também evidencia o que é necessário acontecer durante o processo de resgate.
Crie uma CIPA
A criação de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes pode ser a primeira ação focada na segurança no trabalho.
Esse grupo, formado por representantes que são escolhidos pelos empregadores e eleitos pelos funcionários, funciona de forma autônoma. O objetivo da CIPA é agir diretamente na prevenção de qualquer risco de acidentes de trabalho.
Esse grupo deve estar condizente com todas as Normas Regulamentadoras e, inclusive, deve garantir que elas sejam cumpridas – as que se aplicarem à realidade da empresa.
Outra ação importante da CIPA é a criação de um programa de saúde ocupacional, voltado para doenças que sejam decorrentes do trabalho – e que também são consideradas acidentes.
Incentive o uso de EPCs e EPIs
Para estimular cada vez mais o uso de equipamentos de proteção, sejam eles coletivos ou individuais, nada mais relevante que dar o exemplo aos funcionários.
Uma primeira ação diante disso pode ser focada em treinamentos, palestras, distribuição de panfletos e todas as formas de conscientizar os trabalhadores a fazerem uso dos equipamentos de segurança.
Segurança na área de construção civil e marcenaria
Um blog voltado para construção civil e marcenaria também deve estar atento no que diz respeito a segurança de quem trabalha nesses ramos, certo?
Por isso, reunimos abaixo os principais EPCs e EPCIs necessários nessas áreas de atuação. Acompanhe!
Na construção civil:
- Capacete de segurança;
- Óculos de proteção;
- Luvas de segurança;
- Cinturões;
- Máscaras e respiradores;
- Protetores auditivos;
- Calçados e botinas;
- Placas sinalizadores;
- Alarmes e detectores de fumaça;
- Comandos de acionamento;
- Etc.
Na marcenaria:
- Sistema de detecção e combate a incêndio;
- Kit de primeiros socorros;
- Coifa protetora;
- Óculos de proteção;
- Protetores auditivos;
- Máscaras de proteção;
- Luvas antiderrapantes;
- Aventais de raspa;
- Capacete;
- Calçados de segurança;
- Etc;
Esperamos que esse artigo sobre EPCs tenha sido útil para você, seja trabalhador ou dono do seu negócio! Aproveite e leia também sobre o HAZOP (Estudo de Perigo e Operabilidade na obra).