As cabanas e até chalés sobre palafitas não são nenhuma novidade. Alguns desses projetos adotam esse tipo de construção por pura necessidade, outros simplesmente pela estética. Esta Tiny House, no entanto, utiliza palafitas ultrafinas por necessidade e também pelo design.
O estúdio Béres Architects uniu forças ao construtor Attila Hideg para construir uma mini-casa elevada sobre palafitas ultrafinas dentro de uma área florestal em Koszeg, na Hungria. A estrutura angular de 40 metros quadrados utiliza palafitas para proteger as raízes das árvores centenárias do local.
Projetada para ser facilmente construída por apenas uma pessoa, a Tiny House possui um ambiente compacto, mas confortável. Os arquitetos escolheram construir a estrutura sobre pequenas palafitas para proteger a vegetação e também dar um visual que parece desafiar o bom senso — afinal, como uma estrutura pode ser suportada por palafitas tão finas?
Essa foi a força motriz por trás da ideia de fundação que os arquitetos conceberam para proteger as raízes das gigantescas árvores do local. Ao mesmo tempo, este conceito tornou possível esboçar uma cabana elevada que pode ser construída por apenas uma pessoa.
A tarefa era criar um pequeno refúgio de cerca de 40 m² sem comprometer o conforto de vida cotidiana, ao mesmo tempo em que respeitamos os valores naturais do local tanto na preservação quanto na apreciação pelos habitantes da casa.
A localização de floresta intocada inspirou os arquitetos a criar uma casa de madeira que flutua acima do terreno. As palafitas ultrafinas foram cuidadosamente projetadas para que as raízes das árvores ao redor possam ser protegidas. Não houve necessidade de escavação ou chumbagens que arruinariam o contexto natural.
O sistema estrutural da tiny house é projetado para facilitar sua construção, enquanto sua seção transversal — dois ângulos retos frente a frente — cria possibilidades para janelas mais altas com vistas desobstruídas para a paisagem circundante.
Uma vez que tanto a volumetria como a materialidade do edifício são muito simples, a disposição e o estilo das janelas desempenham um papel importante na sua aparência exterior: seu posicionamento busca criar um motivo lúdico, um visual único e reconhecível.
Ao entrar na casa, nota-se que existe um forte contraste entre o interior e o exterior. O interior quente e aconchegante parece ficar envolto por uma camada mais robusta do exterior da casa, permitindo que a floresta crie cores e padrões de acordo com seu próprio gosto, segundo os arquitetos.
Todos os espaços interiores são pensados de forma a privilegiar a ambiente natural, virando as costas aos poucos edifícios vizinhos e ao fim da rua sem saída.
De acordo com os arquitetos, um dos pilares do design do projeto foi o esforço para permanecer pequeno. A tiny home gera um ambiente de vida compacto, incluindo uma cozinha e área de estar combinadas, um banheiro e um quarto. Nenhum espaço desnecessário ou sobras foram envolvidos durante a construção.
O aquecimento e o abastecimento de água quente são obtidos 100% de fontes elétricas. Ainda assim, o consumo é extremamente baixo devido ao design cuidadoso do sistema de isolamento. Como resultado, não há necessidade de ar condicionado no verão.
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