Na ilha sul-coreana de Jejuum grupo de ativistas ambientais está liderando uma campanha sem precedentes: reconhecer o golfinho-nariz-de-garrafa do Indo-Pacífico (Tursiops aduncus) como um pessoa jurídica ecológicaconferindo-lhe o mesmo estatuto jurídico do ser humano.
Esta iniciativa faz parte do crescente movimento global pela direitos da naturezaque procura proteger ecossistemas e espécies através de ferramentas jurídicas inovadoras.
Uma espécie única e ameaçada
Ele Golfinho-nariz-de-garrafa do Indo-Pacífico É uma espécie costeira de pequeno porte, de corpo mais esguio e focinho alongado que lhe dá o nome característico. Sua distribuição está limitada a certas áreas do Oceano Índico e Pacíficoe atualmente estima-se que apenas cerca de 120 indivíduos Eles habitam as águas que cercam Jeju.
O União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) classifica-o como espécies ameaçadasdevido ao seu baixa população e as múltiplas ameaças que enfrenta.
Jeju: liderança ambiental e envolvimento comunitário
A Ilha de Jeju demonstrou um forte compromisso com proteção ambiental. Foi o primeira província da Coreia do Sul na implementação de um sistema de recipiente para copos descartáveise em 2022 anunciou seu objetivo de se tornar um território livre de poluição plástica até 2040.
Em reconhecimento a esses esforços, As Nações Unidas escolheram Jeju para sediar o Dia Mundial do Meio Ambiente de 2025.
Ações para proteger o golfinho e o seu habitat
A campanha pelos direitos dos golfinhos é complementada com ações concretas como:
- Limpeza de praias e fundos marinhos
- Promoção do turismo responsável
- Redução do uso de plásticos e coleta de lixo
- Divulgação global através de redes sociais e atividades educativas
Principais ameaças ao golfinho-nariz-de-garrafa:
- Captura acidental: são apanhados em redes de arrasto e de emalhar
- Caça e comércio: historicamente caçado por carne e para shows
- Degradação do habitat: poluição química, plástica e tráfego marítimo
Estratégias de conservação em andamento
- Cooperação internacional: inclusão no Convenção sobre Espécies Migratórias (CMS) e acordos regionais
- Áreas marinhas protegidas: como em Golfo de São Vicente (Austrália) e o Baía de Menai (Tanzânia)
- Leis nacionais: países como Canadá proibiram o cativeiro de cetáceos para fins recreativos
- Planos de mitigação da pesca: para reduzir interações prejudiciais com redes
- Turismo regulamentado: observação remota e horários limitados para evitar estresse
- Apoio a ONGs: que lutam contra a caça, o cativeiro e promovem oceanos saudáveis
- Prevenção da poluição: evitar o despejo de plásticos e produtos químicos no mar
Um precedente para a justiça ecológica
O reconhecimento jurídico do golfinho como sujeito de direitos não visa apenas garanta sua sobrevivênciamas também redefinir a relação entre o homem e a natureza. Se for bem sucedida, esta proposta poderá estabelecer um precedente global na defesa de espécies marinhas vulneráveis.
Com informações da AFP e Econews.
