|

a pegada tóxica que a fábrica de produtos químicos Atanor deixou no rio Paraná


Novos estudos confirmaram a presença de pesticidas proibidos e altamente tóxicos no Córrego Yaguarón, um dos braços do Rio Paraná. As análises foram realizadas pelo Centro de Pesquisa Ambiental (UNLP – CONICET) e o Autoridade de Água de Buenos Airesrevelando um panorama alarmante para a saúde ambiental e humana.

O curso d’água, que durante anos recebeu efluentes da fábrica de produtos químicos Atanor em San Nicolás, apresenta níveis de poluição que excedem os limites legais estabelecidos para o proteção do ecossistema. Organizações ambientais descreveram o evento como um novo precedente de danos ambientais acumulados que a empresa deixou na região.

Os estudos detectaram resíduos de pesticidas proibidos há décadasreconhecidos pela sua persistência no meio ambiente e pela sua capacidade de bioacumulação. Estas substâncias, apesar da sua proibição, permanecem nos sedimentos, afectando a flora e fauna aquática e contaminar fontes de água utilizadas pelas comunidades ribeirinhas.

Uma segunda pesquisa confirmou a presença de pesticidas em poços de extração de água da própria planta industrial. As perfurações, que chegam a 60 metros de profundidade, mostram que a contaminação penetrou no Aquífero Puelcheuma das principais reservas subterrâneas de água doce do país.

Um problema que começou há décadas

O conflito ambiental ligado à Atanor Tem uma longa história. A fábrica, instalada em San Nicolás na década de 1950, era uma das principais produtoras de agroquímicos e pesticidas da Argentina. Durante anos, os vizinhos relataram odores tóxicos, derramamentos e derramamentos diretamente ao Arroyo Yaguarón, sem controles efetivos.

No final da década de 90 iniciaram-se as primeiras investigações independentes, que já alertavam para o impacto dos efluentes industriais nas águas e nos solos da região. No entanto, as medidas de controle e saneamento eram escassas, permitindo a contaminação expandiu-se sem controle por mais de meio século.

Em 2017, após diversas reclamações e sanções, a fábrica foi fechado por não cumprimento de normas ambientais. Mesmo assim, os resíduos tóxicos acumulados continuaram a vazar para o meio ambiente. O encerramento não significou o fim do problema: os produtos químicos persistentes continuaram a degradar os ecossistemas e a afectar os lençóis freáticos subterrâneos.

Atualmente, tanto o Rio Paraná como Aquífero Puelche Eles são usados ​​para fornecer água potável. A persistência destes contaminantes implica um risco crónico para a saúde pública e para o equilíbrio ambiental de toda a região.

A contaminação da planta química de Atanor e suas consequências

O pesticidas detectados incluem compostos de alta toxicidadecomo os organoclorados, conhecidos por sua capacidade de permanecer no meio ambiente por décadas. Esses contaminantes podem causar danos neurológicos, alterações hormonais e doenças crônicas em pessoas expostas.

No ecossistema, os efeitos são igualmente graves. As espécies aquáticas sofrem mutações, declínios populacionais e alterações na cadeia alimentar. O contaminação do riacho Yaguarón se estende a jusante, afetando grandes setores da Rio Paranáuma das principais fontes de água da Argentina.

O impacto ambiental não se limita à água: os resíduos químicos chegam ao solo e afetam a produção agrícola local, gerando um desequilíbrio ecológico a longo prazo. Além disso, o transporte de poluentes pelas correntes fluviais agrava a propagação dos danos.

Rumo a uma reparação ambiental necessária

Embora o Autoridade de Água de Buenos Aires reconheceu a presença de agrotóxicos no Rio Paraná, ainda falta um plano abrangente de remediação que inclua a recuperação de solos, sedimentos e aquíferos. O organizações ambientais exigem monitoramento permanente e criação de um fundo para reparação ambiental em San Nicolás.

O caso Atanor representa um símbolo de responsabilidade ambiental deixadas pelas indústrias químicas quando não são aplicados controlos rigorosos. As comunidades continuam a exigir justiça ambiental e medidas urgentes para garantir água potável e a restauração do ecossistema paranaense.

A história de Arroyo Yaguarón é um alerta: os efeitos da poluição industrial não desaparecem com o fechamento de uma fábrica. Eles persistem em silêncio, lembrando-se do dívida ambiental isso ainda está esperando para ser resolvido.



Com informações da AFP e Econews.

chale de madeira logo
Chalé de Madeira.

O Chalé de Madeira é um portal criado para promover os Chalés de Madeira, Casas de Madeira (pré-fabricados ou não) e a cultura do Faça Você Mesmo. Toda semana trazemos novos conteúdos com guias, passo-a-passos, materiais ricos e muito mais para ajudar nossos leitores. Confira!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *