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A Austrália está comprometida com um ouro mais verde graças a uma tecnologia inovadora que revoluciona a mineração sem contaminar


Desde a década de 70, a Austrália vive sua própria corrida do ouro. Atualmente, com quase 300 toneladas extraídas por ano, o metal é um dos seus principais exportações e principal fonte de renda.

Mas sua produção depende de um insumo perigoso: o cianeto, um produto químico altamente tóxico o que ameaça ecossistemas e comunidades. Dada a pressão dos preços internacionais e as exigências ambientalo país enfrenta um dilema.

Continuar a mineração a qualquer custo ou liderar uma transição para uma mineração verdadeiramente sustentável? A resposta poderia estar em uma nova tecnologia criada pelo Organização de pesquisa científica e industrial da Commonwealth (CSIRO).

Durante décadas, o cianeto foi considerado um “mal necessário”. A sua eficácia na separação do ouro tornou-o indispensável, mas os seus riscos são elevados. Um único derramamento pode poluir rios e solos por gerações. Neste contexto, o avanço do CSIRO surge como um alternativa segura, rentável e ambientalmente responsável.

Rumo a uma mineração mais verde

A CSIRO desenvolveu uma tecnologia que recupera e reutiliza o cianeto utilizado em extração de ouro. O processo reduz drasticamente lixo tóxico e a necessidade de produzir ou transportar novas quantidades do produto químico, reduzindo riscos e custos.

Ao contrário dos métodos tradicionais que destroem o cianeto no final do processo, esta técnica recicla-o dentro do mesmo circuito. Também permite a captura de outros metais valiosos, como o cobre, e reduz a carga química dos rejeitos, evitando vazamentos ou desastres ambientais.

O impacto é significativo: menor pegada tóxicatransporte menos perigoso e mais segurança no emprego. Além disso, a tecnologia pode ser integrada às plantas existentes, facilitando sua adoção sem grandes modificações estruturais.

Vantagens ecológicas e sociais

Ele benefício ambiental Está claro. Ao diminuir o uso e o transporte de cianeto, o riscos logísticos e emissões associadas. Menos caminhões na estrada significa menos poluição e menor possibilidade de acidentes em áreas sensíveis.

Os rejeitos mais limpos representam um alívio para os ecossistemas locais. Substâncias menos tóxicas implicam solos mais seguros, águas mais puras e uma redução real do impacto cumulativo sobre a biodiversidade.

No plano social, a melhoria da segurança dos trabalhadores e redução de conflitos comunitários Reforçam a licença social da mineração. Esta tecnologia também poderia beneficiar o mineração artesanalsubstituindo o uso de mercúrio por processos mais seguros e acessíveis.

Um futuro de mineração regenerativa

O CSIRO não está começando do zero. Em 2014, já havia desenvolvido a tecnologia “Going for Gold”, à base de tiossulfato, que eliminou o uso de cianeto sem afetar a eficiência. Agora, a sua nova proposta representa mais um passo rumo a uma mineração circular e regenerativa.

A tecnologia já estava validado em laboratório e está se preparando para testes piloto em campo. Esta fase procura parceiros industriais dispostos a abraçar a mudança e demonstrar que sustentabilidade e inovação eles podem andar de mãos dadas.

Se a Austrália liderar esta transição, poderá abrir caminho para uma mineração global mais limpo e responsável. A verdadeira riqueza não estará apenas no ouro extraído, mas no equilíbrio alcançado entre o progresso económico e a respeito ambiental.

Num planeta que exige produção sustentávelesta descoberta prova que o ouro do futuro pode brilhar sem deixar rasto pegada tóxica. A mineração de amanhã já começou e sua cor, mais que o ouro, será o verde.



Com informações da AFP e Econews.

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