Quando se pensa em construções raramente se passa pela nossa cabeça o impacto ambiental que a obra em si pode causar. Obviamente o entulho é um dos mais claros, mas ainda assim tendemos a associá-los ao lixo e não à obra em si. A Bioconstrução surge como uma alternativa (já bem antiga) aos problemas ambientais gerados pela construção civil — que vão muito além do entulho.

Para além da poluição que o mau gerenciamento do entulho e do lixo gerados em uma obra, o cimento é de longe o maior causador de impactos negativos no meio ambiente. Estima-se que a produção atual de cimento lança cerca de 1.5 bilhão de toneladas de CO2 na atmosfera.

Para se ter uma ideia da escala dessa produção, se a indústria do cimento fosse um país ela seria o terceiro maior produtor de CO2 do planeta, atrás somente da China e dos Estados Unidos. Porém, muita gente nem imagina esse cenário, afinal o cimento é utilizado há mais de 8 mil anos e pouco se discute nos canteiros sobre seu impacto.

Neste post, vamos abordar um pouco mais sobre a bioconstrução: uma técnica bastante antiga, mas que evoluiu com o tempo e tem o potencial de virar o jogo das emissões de carbono quando se trata da construção civil — especialmente de moradias.

Venha conosco e vamos aprender um pouco mais!

O que é bioconstrução?

O que é bioconstrução
Imagem: Canva.

A bioconstrução é uma maneira de construir que alia diversas técnicas com o objetivo de causar o mínimo impacto ambiental necessário para realizar uma obra. Para que isso seja alcançado, obras bioconstruídas empregam metodologias de planejamento, execução e manutenção que gravitam em torno do princípio da sustentabilidade.

A bioconstrução também busca se integrar ao meio, tanto na paisagem como no ciclo natural do local onde foi realizada e é comum a interseção de técnicas como a permacultura e a arquitetura vernacular — a primeira sendo mais jovem no conceito, mas ambas possuindo centenas de anos de história e adoção popular.

Uma das principais características da bioconstrução é o emprego de materiais locais. Isso faz com que não somente se obtenha uma construção econômica, mas também sejam diminuídos os impactos ambientes de grandes cadeias logísticas como a de materiais de construção.

Tudo isso faz com que a bioconstrução seja boa para o meio-ambiente, mas também mostra a face da arquitetura social que essa metodologia de construção natural carrega em seus princípios.

Outro dos objetivos principais da bioconstrução é prover comunidades com as ferramentas e conhecimentos necessários para construir com conforto, segurança e integração ao meio-ambiente de maneira acessível e democrática.

A união dos futuros moradores e a formação de ecovilas é uma pedra fundamental na manutenção do ciclo iniciado pela bioconstrução e talvez seja um dos aspectos mais interessantes das bioconstruções em geral e de suas comunidades bioconstruídas.

Principais técnicas ou tipos de bioconstrução

A bioconstrução não consiste em uma metodologia única de construção. Na verdade, existem diversas técnicas e abordagens diferentes, cada uma com suas vantagens e desvantagens.

Conheça as principais técnicas de bioconstrução disponíveis:

Superadobe

Superadobe
Imagem: Canva.

Talvez mais conhecida como a técnica da terra ensacada, o Superadobe é uma técnica de bioconstrução que utiliza grandes sacos preenchidos com solo e argila bastante comprimidos para construir as paredes e estruturais principais de uma moradia.

Os sacos são preenchidos com o solo argiloso encontrado no próprio local da construção. Seu preenchimento também é feito ali, utilizando a técnica do apiloamento (compactação do solo utilizando pilões ou socadores).

O solo é umedecido antes de ser colocado nos sacos de plástico (polipropileno) e começar a ser socado, na maioria das vezes de forma manual (no entanto, também é possível fazer esse processo mecanicamente com a ajuda de máquinas).

Feito isso, os sacos começam a ser empilhados para construir as paredes nas delimitações marcadas na etapa de projeto. Cada fiada tem cerca de 20 cm de altura e pode-se fazer seu inter-travamento no processo.

Após atingida a altura desejada da parede ou estrutura, os sacos de polipropileno são removidos e o solo compactado fica exposto pronto para receber o reboco.

Vantagens do Superadobe

  • Baixo custo;
  • Mais rápido que o adobe comum;
  • Conforto térmico e acústico;
  • Alta resistência.

Desvantagens do Superadobe

  • Exige muita mão de obra;
  • Difícil de se conseguir regularização da obra com as autoridades municipais (devido à falta de conhecimento das mesmas).

Principais materiais utilizados no Superadobe: saco de ráfia (polipropileno), mistura de solo argiloso do local e arames.

Adobe

Adobe
Imagem: Canva.

Nas bioconstruções feitas com adobe, os tijolos ou blocos são feitos a partir de uma mistura de areia, estrume (geralmente bovino ou equino), fibras vegetais e barro cru. Ao final, o tijolo também recebe uma cama de areia e cal.

A mistura dos blocos de adobe é essencial para a integridade estrutural, onde a palha (fibra vegetal) irá garantir sua rigidez entre as partes (como a estrutura de aço do concreto armado) e também conforto térmico. As outras partes são essenciais para a mistura de água e solo necessárias para que o bloco se enrijeça e tome a sua forma clássica.

O adobe foi uma técnica da bioconstrução bastante empregada em regiões quentes e secas. O termo Adobe tem origem árabe e sua etimologia remonta à palavra attobi (que remete a algo como “seixos rolados dos leitos dos rios”).

De suas origens árabes, o adobe ganhou tração e hoje faz parte de muitas comunidades bioconstruídas — especialmente aquelas onde tanto pouca umidade quanto dificuldade em se conseguir argila/umidade no solo.

Vantagens do Adobe

  • Baixo custo;
  • Bom conforto térmico e acústico;
  • Facilidade na construção.

Desvantagens do Adobe

  • Também exige muita mão de obra;
  • Precisa de manutenção contínua por conta de suas constantes rachaduras na superfície (por utilizar barro cru).

Principais materiais utilizados no Adobe: areia, estrume, palha, cal (madeira e pregos para fazer as formas dos tijolos).

Pau-a-Pique

Pau-a-Pique
Imagem: Canva.

O Pau-a-Pique é uma técnica de bioconstrução bastante antiga e relativamente conhecida no Brasil, especialmente no interior dos estados onde ainda existem muitas fazendas centenárias e também no nordeste.

Ele consiste de um princípio de construção bastante simples: primeiramente são erguidas estruturas de madeira entrelaçadas que são presas ao solo e também à parte superior da estrutura. Os espaços que ficam “abertos” por onde a madeira entrelaçada passa é então preenchido com barro (ou uma mistura de barro e palha seca).

Geralmente as vigas verticais da estrutura de madeira são feitas com troncos ou grandes peças de madeira, enquanto as madeiras entrelaçadas na horizontal costumam ser provenientes de galhos mais finos dessas mesmas árvores.

As amarrações podem ser feitas com cipó, cordas e até mesmo pregos. As aberturas para portas e janelas são realizadas ainda na etapa da estrutura de madeira, facilitando a cobertura da casa com o barro que é feito de maneira manual.

Vantagens do Pau-a-Pique

  • Baixo custo;
  • Execução rápida da obra;
  • Não é preciso quase nenhum conhecimento prévio.

Desvantagens do Pau-a-Pique

  • Baixa resistência à umidade;
  • Limite de construção vertical é baixo;
  • Contração do barro cru gera fissuras e rachaduras com o tempo.

Principais materiais utilizados no Pau-a-Pique: madeira, cipó, bambu, barro e palha.

COB

O COB também é outra técnica de bioconstrução bastante interessante e popular. Ela consiste em misturar areia, palha seca, argila e água nas proporções necessárias para que se forme uma mistura homogênea e que seja moldável com as mãos.

O trabalho de mistura do COB geralmente é feito em comunidade, pois consiste em misturar e amassar com os pés uma grande quantidade dos itens base até que se atinja a consistência desejada. Depois disso, a casa é moldada utilizando as mão ao irem se acumulando camadas sobre camadas de COB.

Essa técnica é bastante simples e antiga, sendo que a palavra COB tem origem etimológica no inglês antigo e significa apenas “massa” (em português, a comunidade adotou a grafia COB em caixa alta). Até mesmo “móveis” interiores são moldados com COB, como estantes, bancos, mesas, etc.

Suas paredes são bastante espessas, já que precisam fornecer a rigidez estrutural necessária utilizando materiais tão simples. Um efeito positivo disso é que a casa acaba ficando quente no inverno e fresca no verão, visto a dificuldade da temperatura circular devido à espessura das paredes.

Vantagens do COB

  • Construção fácil;
  • Baixo custo de execução;
  • Construção à prova de fogo;
  • Alto conforto térmico e acústico;
  • Não são afetadas por insetos.

Desvantagens do COB

  • A construção pode levar muito tempo, pois é preciso esperar cada uma das camadas do COB secar antes de se iniciar a seguinte;
  • Mais uma vez pode ser difícil regularizar a construção na esfera municipal.

Principais materiais utilizados no COB: argila, areia, palha e água.

Fardos de Palha

Fardos de Palha
Imagem: Canva.

Os fardos de palha são empregados na bioconstrução desde pelo menos o século XIX. Essa técnica de construção consiste em utilizar fardos de palha compactados para preencher as paredes de uma estrutura pré-montada.

Essa estrutura pode ser feita com troncos de árvores locais, porém atualmente se opta mais por uma estrutura de timber frame para garantir ainda mais durabilidade e facilidade de construção do projeto. Casas de fardo de palha chegam a durar mais de 100 anos!

Após preencher os espaços das paredes (os fardos de palha podem ser quadrados/retangulares ou também circulares, sendo desenrolados nas paredes), elas ficam prontas para receber o revestimento final que pode ser feito com reboco, madeira ou até mesmo material metálico.

Vantagens dos Fardos de Palha

  • Excelente isolamento térmico e acústico;
  • Rapidez e limpeza na construção;
  • Matéria-prima barata.

Desvantagens dos Fardos de Palha

  • Baixa resistência à umidade (dependendo do material de revestimento final escolhido);
  • Dificuldade em encontrar os blocos de palha por empresas especializadas, o que tornará o trabalho bastante intenso para construí-los;
  • Legalização extremamente difícil.

Principais materiais utilizados nos Fardos de Palha: palha seca, madeira, concreto (base).

Taipa de pilão

Taipa de pilão
Imagem: Canva.

A taipa de pilão também é uma técnica de bioconstrução interessante. Apesar de, à primeira vista, parecer muito similar ao Pau-a-Pique, elas possuem mais diferenças do que similaridades.

Enquanto o Pau-a-Pique é uma técnica bastante rudimentar, a taipa de pilão é quase uma atualização da técnica. Nela, são construídas formas de madeira que darão forma às paredes e estruturas da obra.

Essas formas recebem a mistura de areia (70%) e argila (30%) e vão sendo compactadas dentro das formas em camadas subsequentes de aproximadamente 10 cm. O processo é repetido, movendo-se as formas em cada etapa, até atingir a altura desejada.

A compactação pode ser feita com pilões e socadores manuais ou também utilizando socadores pneumáticos para acelerar o trabalho e ainda garantir uma compactação maior do solo (que pode se traduzir em mais resistência a longo prazo).

Vantagens da Taipa de Pilão

  • Baixo custo;
  • Velocidade na construção;
  • Não é preciso mão de obra especializada.

Desvantagens da Taipa de Pilão

  • Baixa resistência à umidade;
  • Fissuras e rachaduras constantes;
  • Encanamentos e instalações elétricas só podem ser feitas para fora da parede.

Principais materiais utilizados na Taipa de Pilão: areia, argila, madeiras e pregos (formas).

Solo-cimento (tijolo ecológico)

1. Muro de tijolo ecológico
Estrutura de tijolos sustentáveis, feitos com materiais naturais ou reciclados, minimizando impacto ambiental na construção.

A mistura de solo-cimento talvez seja uma das técnicas de bioconstrução mais recentes e também uma das mais interessantes. Apesar de utilizar ainda cimento, a proporção de seu uso e a maneira como é implementado reduz e muito seu impacto no meio ambiente.

Essas obras geralmente são feitas utilizando tijolos ecológicos, que são uma mistura de solo-cimento compactados sobre pressão. Eles podem ser construídos no próprio canteiro de obras, utilizando o solo local, com a ajuda de máquinas de pressão manuais.

Essa é uma técnica bastante popular atualmente e existem até mesmo casas pré-fabricadas de tijolo ecológico à venda no mercado.

Durante a construção, o concreto é utilizado somente nas vigas (que são menores que as comuns pois aproveitam o espaço no interior dos blocos para serem constituídas). A montagem e travagem dos tijolos é feito pelo seu próprio formato (de encaixe) e com uma fina camada de material adesivo, que pode ser uma argamassa ou até mesmo cola branca (sempre aplicados com uma espécie de seringa, garantindo que não haverá nenhum desperdício).

Essa técnica de bioconstrução é a que mais se aproxima das obras convencionais, pois consegue aproveitar da mesma mão de obra e ferramentas durante o processo. Por isso mesmo é a preferida daqueles que buscam alguma transição, mas acham ainda as outras técnicas muito radicais.

Vantagens do Solo-cimento

  • Simplicidade na construção;
  • Facilidade em se encontrar mão de obra;
  • Maior aceitação tanto do mercado imobiliário quanto das instituições reguladoras, como os municípios.

Desvantagens do Solo-cimento

  • Custo maior que as técnicas anteriores;
  • Aceita acabamentos de obras convencionais, o que pode torná-la menos sustentável à medida que se optam por utilizar esses produtos.

Principais materiais utilizados no Solo-cimento: terra, cimento e água.

As etapas que fazem parte da bioconstrução

Como a gente já disse lá no começo, a bioconstrução não é apenas a escolha por materiais mais sustentável: uma obra bioconstruída precisa adotar seus princípios em todas as etapas, desde o planejamento até a execução e manutenção da construção.

Abaixo, listamos os 4 princípios que ajudam a desenvolver uma bioconstrução e que são essenciais à sua filosofia:

Utilização passiva de recursos naturais

Para ser uma bioconstrução, é preciso que a obra utilize os recursos naturais de forma integrada e passiva a fim de produzir o menor impacto possível no local de construção.

Nesse princípio, enquadram-se parâmetros como:

  • captação da água das chuvas para uso na residência (feito através da própria estrutura no telhado ou ao redor da casa);
  • aquecimento da água do banho através de energia solar (fotovoltaica ou aquecimento por serpentinas na luz do sol);
  • controle da temperatura da casa através de ventilação cruzada e se aproveitando da técnica de construção escolhida (evitar ferramentas de controle de temperatura artificiais como o ar-condicionado);
  • aproveitamento da luz do sol para garantir um espaço iluminado e aquecido por mais tempo, evitando a utilização de lâmpadas elétricas sem necessidade (isso é feito pelo posicionamento da casa diante do ciclo do sol no local e também das áreas envidraçadas).

Emprego de materiais ecológicos e/ou de baixo impacto

Uma bioconstrução precisa utilizar materiais ecológicos e/ou de baixo impacto em sua construção. De preferência, os materiais precisam ser encontrados na propriedade ao menos na região onde a casa será construída.

Aqui, encontramos os seguintes parâmetros:

  • utilização de matéria prima local (madeira, terra, argila, etc.). A técnica de construção escolhida tem que depender dos materiais encontrados no local, não o contrário;
  • emprego do teto verde/vivo com vegetação igual ou parecida à local, tentando minimizar o espaço ocupado pela casa (é comum também integrar o teto vivo na produção de alimentos e no ciclo de captação de água para a permacultura);
  • áreas externas precisam ser permeáveis e utilizar componentes da natureza local. Nada de plantar grama em área de mata. Caminhos e passagens podem ser construídos com pedras locais espaçadas, de forma a interferir o mínimo possível no fluxo das águas.

Gerenciamento de resíduos

Uma bioconstrução não se preocupa apenas com a geração — e seu posterior manejo — de resíduos durante a fase de construção. É preciso cuidar de toda a gestão de resíduos da casa de forma permanente.

Portanto, os princípios que encontramos aqui são:

  • redução e manejo correto dos entulhos gerados durante a fase de construção (nas técnicas de bioconstrução eles são menores, mas não quer dizer que não existem);
  • fazer o tratamento do esgoto utilizando banheiros secos e/ou fossas assépticas (cada um tem um manejo diferente e que deve ser respeitado no ciclo);
  • utilizar canteiros de raízes e pedras para tratamento de água cinza (pia da cozinha, chuveiro, tanque de lavar, etc.). Esses canteiros promovem uma filtragem dessas águas enquanto alimentam plantas e animais no caminho conforme vão ficando mais limpas, terminando por ser absorvida pelo solo. Ainda assim, opte sempre por utilizar sabonetes e detergentes naturais.

Integração e respeito ao paisagismo local

Outro princípio importante para a bioconstrução é estar quase que perfeitamente integrada à natureza e paisagens locais. Isso minimiza o impacto ambiental não somente visível aos olhos, mas também à vida das espécies que dependem do local para garantir seu ciclo de sobrevivência.

  • a construção tem que ter o menor footprint possível, para dar mais espaço para a natureza local;
  • utilizar plantas e vegetação natural ao redor da construção para garantir maior integração com o paisagismo;
  • cercar e ter uma separação física dos espaços da casa com a natureza (é importante fazer isso com cercados que utilizam plantas trepadeiras locais, por exemplo). Isso garante que os animais não fiquem confusos e entrem em contato com o perigo que a casa pode representar para eles;
  • adequar o projeto à realidade da região para que o distúrbio no ambiente natural seja o menor possível.

Materiais utilizados pela bioconstrução

Materiais utilizados pela bioconstrução
Imagem: Canva.

Alguns materiais se destacam na bioconstrução tanto pela sua versatilidade como pela história de uso. As civilizações antigas se aproveitavam do que era mais abundante à época e incorporavam às suas técnicas de construção sem um processo de beneficiamento extenso, dando origem a muitas técnicas e materiais que utilizamos hoje.

Terra

A terra é o material mais abundante para se construir e por isso mesmo tem sido utilizado por milênios pelos seres humanos em suas construções.

Madeira

A madeira também é um material de construção milenar e foi ganhando sofisticação e adoção em massa com o passar dos séculos.

Com a madeira foi possível construir chalés de madeira, casas de madeira e outras construções amplamente utilizadas, mesmo que nem sempre sejam bioconstruídas. Para se encaixarem nessa denominação, elas teriam que utilizar apenas madeiras locais e quase sem beneficiamento, o que se enquadra mais na realidade das cabanas de madeira.

Dick Proenneke construiu sua cabana de madeira no Alasca utilizando apenas materiais brutos da região e ferramentas primitivas. Saiba mais sobre sua incrível história.

Pedra

As pedras também são amplamente utilizadas na bioconstrução, especialmente para construir diversos tipos de fundação, calçadas e também paredes baixas onde o objetivo é evitar o contato da estrutura principal com a água.

Palha

A palha pode ser utilizada na bioconstrução como um elemento constante nas misturas de areia e argila (para dar firmeza e estrutura) e também como elemento isolado como no caso das casas de fardo de palha que vimos acima.

Argila

A argila também é fundamental para a bioconstrução e está presente na história da humanidade há milênios. Sua capacidade de ser moldada e trabalhada através do enrijecimento é o que dá a principal característica da maioria das técnicas de bioconstrução.

Vantagens de obras bioconstruídas

Como você pode averiguar com mais detalhes acima, cada metodologia de bioconstrução tem suas vantagens inerentes e cada uma é indicada para um cenário específico onde ela irá adaptar-se melhor à realidade do meio.

No entanto, é sim possível listar as principais vantagens da bioconstrução de maneira geral:

  • Preservação e harmonia com o meio-ambiente;
  • Redução da geração de resíduos (durante e depois da obra);
  • Menor consumo energético;
  • Baixíssimo risco de incêndio;
  • Valorização da comunidade (conhecimento, apoio e vida integrada);

Capacitação para a bioconstrução

Existem diversas maneiras de se capacitar para a bioconstrução e para as formas de arquitetura sustentável como um todo.

Nós recomendamos os cursos Arquitetura Sustentável, da Ugreen, e também os cursos do Instituto Pindorama.

Porém, se você quiser conhecer um pouco mais sobre o assunto sem gastar nada, o Ministério do Meio Ambiente disponibiliza a cartilha Curso de Bioconstrução de forma gratuita para download. Leia online aqui!

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