Três décadas de crise climática deixou um preço devastador, de acordo com um novo relatório do Índice Global de Risco Climático da Germanwatch.
Segundo a pesquisa, a crise climática gerou mais de 832.000 mortes e perdas económicas devido a US$ 4,5 trilhões entre 1995 e 2024.
O índice do relatório também compartilha uma classificação dos países mais afetados por desastres naturais derivados da aquecimento global.
O relatório, elaborado com dados do Banco de dados internacional de desastres EM-DATo Banco Mundial e o FMI, foi apresentado durante a COP30 em Belém.
Relatório: os países mais vulneráveis ao aquecimento global
Ele Índice Global de Risco Climático da Germanwatch é um relatório que registra mais de 9.700 eventos extremos devido à crise climática em três décadas.
Revelou que os 11 países mais afetados por eventos climáticos extremos abrigam mais de 3 bilhões de pessoas.
Trata-se de:
- Domínica;
- Mianmar;
- Honduras;
- Líbia;
- Haiti;
- Granada;
- Filipinas;
- Nicarágua;
- Índia;
- Bahamas e;
- China
Estas nações são as mais afetadas ondas de calor, furacões e inundações.
Embora a maioria das nações mais afetadas no relatório sejam qualificadas como subdesenvolvidas ou em desenvolvimento,Os países mais ricos também sofrem o impacto do aquecimento global.
A crise climática não distingue as economias: da China e da Índia no top 11, também se juntam os países industrializados em más posições, tais como:
- França: 12;
- Itália 16;
- Estados Unidos: 18;
- Rússia: 21;
- Espanha: 24;
- Portugal: 27
Contrastando com este cenário, há boas notícias: até 2024, último ano abrangido pelo relatório, Argentina melhorou sua posição em relação a 2023.
A nação ficou em 40º lugarmelhorando em relação ao 27º lugar que ocupava em 2023.
Tempestades e ondas de calor, os fenômenos mais letais
O ondas de calor e o tempestades Eles causaram 66% das mortes registradas, com 33% cada.
Por sua vez, o inundações Eles representaram quase metade das pessoas afetadas, afirma o relatório.
Em termos económicos, as tempestades provocaram a 58% das perdas diretasajustado pela inflação, tornando-se o fenômeno mais caro.
Alguns países do Sul Global são atingidos com tanta frequência que “regiões inteiras mal estão se recuperando antes que o próximo evento ocorra”, alerta o relatório.
Relatório: os países com maiores perdas económicas devido ao aquecimento global
Ano passado, Os Estados Unidos registaram perdas de 94 mil milhões de dólares devido aos furacões Helene e Milton.
Estes causaram danos US$ 56 mil e US$ 38 bilhõesrespectivamente.
Além disso, com a DANA, Espanha sofreu o seu pior desastre natural na história recente.
As chuvas torrenciais em Valência deixaram mais de 230 mortos e perdas econômicas de US$ 11 bilhões.
O Brasil, por sua vez, sofreu graves inundações em Rio Grande do Sul no contexto da crise climática.
Isto implica um impacto valioso sobre 7 bilhões de dólarescompletando o pódio dos países mais afetados economicamente.
Outro dado relevante é que as tempestades concentraram 77% das perdas económicas globais em 2024, com 172 bilhões de dólares em danos diretos.
Com informações da AFP e Econews.
