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Pesquisadores britânicos conseguem reduzir emissões de CO₂ em 36%


Uma equipe do Universidade do Leste de Londres mostrou que é possível substituir até um 33% de cimento em concreto com conchas trituradasconseguindo reduzir 36% em emissões de carbono.

A descoberta, publicada na revista Materiais de construçãosurpreende até quem acompanha há anos a evolução dos materiais de construção sustentáveis.

O peso do cimento na crise climática

O cimento continua a ser responsável por quase 7% das emissões globais de CO₂número que reflete a dificuldade do setor em reduzir seu impacto no ritmo exigido pela ciência. Portanto, qualquer alternativa viável que reduza a sua pegada ambiental recebe grande atenção.

O estudo britânico confirma que o conchas de vieiras esmagadas em pó fino Eles podem substituir parte do cimento e atuar como enchimento. A mistura mantém sua resistência dentro das margens exigidas pela indústria e, em alguns casos, até melhora a estrutura interna do material graças ao alto conteúdo de carbonato de cálcio.

Uma ideia simples com grande potencial

O líder do projeto, Dr.coloca diretamente:

“Algo tão comum como os detritos costeiros pode aliviar uma parte considerável do problema.”

A proposta é tão simples que é difícil acreditar que tenha sido ignorada durante anos. Trata-se de aproveitar um recurso abundante e de baixo valor que hoje é descartado, integrando-o a um setor que consome mais de 4.000 milhões de toneladas de cimento por ano.

Regulamentações e economia circular

A demanda por materiais que suportem regulamentos mais rigorosos sobre emissões durante o ciclo de vida em edifícios e infraestruturas continua a crescer. Países como Reino Unido, Holanda e Dinamarca Já possuem marcos regulatórios que exigem medir e justificar a pegada de carbono desde a extração até o fim da vida útil do material.

Neste cenário, qualquer mistura que reduza o CO₂ sem aumentar os custos torna-se atrativa. Além disso, a proposta enquadra-se na tendência para economia circularonde os resíduos de um setor se transformam em insumos de outro.

Portos europeus como Vigo qualquer Brest Já estão a experimentar programas de recuperação de resíduos marinhos, embora se destinem principalmente a utilizações agrícolas. Este estudo abre um caminho semelhante, mas com um impacto potencial muito maior.

Validação em obras reais e logística favorável

O próximo passo é validar o comportamento do material em obras reais. Algumas construtoras europeias já estão a testar aditivos minerais alternativos para reduzir a intensidade de carbono nas suas misturas, pelo que esta inovação se enquadraria nas suas linhas de desenvolvimento.

A logística também joga a seu favor: os resíduos marinhos estão concentrados em portos e processadores de frutos do marque permite criar cadeias de abastecimento próximas e estáveis.

Custos e benefícios sociais

Embora o processamento inicial das cascas exija energia, ao partir de um resíduo de valor muito baixo o material permanece competitivo. Poderia até beneficiar comunidades costeiras se forem criados programas locais de coleta e tratamento, gerando empregos e reduzindo a poluição marinha.

Formas práticas para sua implementação

  • Integre esses substitutos em projetos públicos com metas de redução de carbono, como escolas ou habitação social.
  • Criar incentivos locais para que as indústrias pesqueiras entreguem as conchas limpas e prontas para processamento.
  • Combine pós de casca com outros aditivos de baixa emissãocomo cinzas ou subprodutos industriais.
  • Desenvolver normas técnicas que permitem certificar misturas com materiais de origem marinha.

O uso de resíduos de calcário marinho em concreto Não é uma solução única, mas é uma peça realista e exequível dentro do conjunto de estratégias para reduzir a crise climática. Se dimensionada de forma inteligente, esta tecnologia pode melhorar a vida útil das infraestruturas, reduzir o impacto da mineração e evitar que toneladas de resíduos costeiros acabem esquecidos.



Com informações da AFP e Econews.

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