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penas mais duras contra crimes ecológicos


Num facto considerado histórico para a legislação ambiental no Méxicoo Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade reformas para Código Penal Federal que endurecem as sanções contra crimes ecológicos que afetam florestas, áreas naturais, rios e espécies ameaçadas de extinção.

A iniciativa busca dissuadir práticas destrutivas como a exploração madeireira ilegal, o tráfico de vida selvagem e os incêndios criminosos, com penas que vão até 20 anos de prisão e multas de milhares de dias de salário mínimo.

Votação e reservas aprovadas

Após mais de três horas de discussão, o parecer foi aprovado com 460 votos a favor e enviado ao Senado para dar continuidade ao seu processo legislativo.

Duas reservas principais foram incorporadas:

  • Crimes florestais agravados: ocupação, invasão ou mudança de uso do solo em Áreas Naturais Protegidas (ANP)bem como falsificação de informações para obtenção de registros ou certificados ambientais.
  • Proteção da fauna ameaçada: até cinco anos adicionais de prisão quando for causada a morte de espécies ameaçadas de extinção ou sob proteção especial dentro de uma ANP.

Principais mudanças no Código Penal

A reforma aumenta e amplia as sanções:

  • Crimes ambientais gerais: de 1 a 9 anos a 2 a 10 anos de prisão.
  • Crimes florestais: 6 a 20 anos de prisão e multa de 6 mil a 10 mil dias quando o dano ocorrer na ANP.
  • Uso de violência ou armas de fogo: 8–15 anos de prisão.
  • trânsito de totoaba: multas de até 12.000 dias e penas de 5 a 15 anos, para proteger o Golfo da Califórnia e espécies como vaca marinha.

Novos crimes ecológicos incorporados

A reforma também criminaliza novos comportamentos:

  • Descargas ilegais em aquíferos.
  • Danos a mangais, zonas húmidas, lagoas, pântanos e recifes.
  • Incêndios com fins lucrativos.
  • Sanções para quem financia ou encobre o tráfico de espécies.
  • Penalidades de seis meses a dois anos por quebra de lacres de suspensão.
  • Crime por continuar atividades ilegais apesar da colocação de selos.

Pela primeira vez, ele se junta responsabilidade criminal para pessoas jurídicasou seja, empresas, homologando o México com padrões internacionais.

Reservas adicionais

O deputado Gabriela Benavides Cobos (PVEM) conseguiu aumentar as penas para a morte de fauna protegida na ANP, após votação inicialmente rejeitada por distração no plenário e imediatamente reconsiderada.

O senador Ricardo Monreal Ávila acrescentou penas de até 15 anos para invasão de áreas florestais dentro da ANP e de até 20 anos se houver uso de armas ou houver lucro. Também sanciona a utilização de informações falsas para enganar consumidores, autoridades ou investidores.

Críticas da oposição

Embora a reforma tenha sido aprovada por unanimidade, os legisladores da oposição alertaram que Sem pessoal e recursos suficientes, a lei poderá falhar.

  • Diana Estefanía Gutiérrez (PAN): “O endurecimento das penas é necessário, mas não suficiente. A Profepa tem menos fiscais, a Conanp opera sem guarda-parques suficientes e a Conafor enfrenta incêndios sem recursos.”
  • Teresa Ginez (PAN): “Não adianta aprovar crimes mais graves se as autoridades não têm ferramentas para operar.”
  • Iraís Reyes de la Torre (MC): “O aumento das penas não impede o desmatamento, não acaba com o tráfico de espécies, não refloresta montanhas nem limpa rios.”

O Reforma ambiental mexicana Representa um avanço significativo na proteção dos ecossistemas e das espécies, ao endurecer as sanções contra crimes ecológicos e uniformizar a legislação com os padrões internacionais. Contudo, o desafio continua a ser garantir recursos, pessoal e capacidade operacional para que as novas disposições se traduzam em resultados eficazes.



Com informações da AFP e Econews.

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