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Espanha promove soluções ecológicas para transformar a invasão dos sargaços numa oportunidade sustentável


O praias de GranadaEspanha, estavam cobertos por grossos tapetes de sargaço que avançou sem freios durante a última década. Este fenómeno, quase desconhecido há 15 anos, tornou-se uma ameaça à economia local e ecossistemas costeiros.

O montanhas de algas Forçaram o encerramento dos balneários, afastaram o turismo e afectaram a saúde devido à gases tóxicos que libera sua decomposição. A situação tornou-se urgente à medida que o volume de sargaço aumentava a cada ano.

Imagens de satélite estimam que mais de 38 milhões de toneladas atingiram o Caribe este ano, um número que reflecte o impacto directo aquecimento global e o poluição.

A origem de um fenômeno que transcende fronteiras

O aumento do temperatura do oceano e os nutrientes das atividades humanas explicam grande parte desta proliferação. Fertilizantes agrícolas e esgoto alta sem tratamento são fatores-chave por trás do desequilíbrio.

Os países mais pequenos das Caraíbas, como Granada, não estão entre os responsáveis ​​por estas emissões, mas sofrem as suas consequências. A sua infra-estrutura limitada dificulta a colheita e gerenciar um fluxo constante de algas.

A acumulação prolongada modifica o ciclos ecológicos e agrava o erosão costeirao que aumenta a vulnerabilidade a tempestades e aumento do nível do mar.

Da emergência ambiental ao potencial produtivo

Perante a magnitude do problema, as autoridades de Granada procuram transformar este desafio em oportunidades de emprego e inovação. Há cinco anos, o país promove projetos que aproveitam sargaço como matéria-prima.

O objetivo é deixar para trás práticas prejudiciais, como afundar algas no mar ou acumulá-los na areia. Em vez disso, promove-se o desenvolvimento de produtos que gerem valor económico e reduzam o impacto ambiental.

Já existem protótipos de cosméticos, fertilizantes, biocombustíveis e materiais de construção feito dessas algas.

Cooperação internacional para promover soluções

A iniciativa Portal Global do União Europeia reúne governos, empresas e especialistas para financiar tecnologias que permitam coletar e processar sargaço. Esta aliança presta apoio aos Estados que carecem de infra-estruturas para enfrentar o fenómeno.

Granada, México e República Dominicana comprometeu-se a coletar mais de 660 mil toneladas entre 2026 e 2027. Para tanto, propostas que integrem colheita, transporte, armazenamento e processamento oceânico.

O sargaço deve ser retirado antes de chegar às praias, pois sua decomposição afeta para comunidades costeiras, mulheres grávidas, pessoas com asma e fauna marinha.

Rumo a uma cadeia de valor do sargaço caribenho

Empresários e investigadores internacionais estão a trabalhar em novas biorrefinarias capazes de converter sargaço em compostos químicos de alto valor. Esses insumos podem ser utilizados em têxteis, produtos domésticos e itens de cuidados pessoais.

O foco principal é garantir que as comunidades caribenhas gerenciem essas tecnologias e recebam os benefícios económicos. A ideia é evitar que as populações locais se limitem a coletar as algas marinhas sem participar do valor agregado.

Este modelo procura reforçar a autonomia dos pequenos Estados insulares e reduzir a sua dependência do turismo, um dos sectores mais afectados pela crise. crise ambiental.

Usos do sargaço e benefícios ambientais

O sargaço processado está emergindo como um recurso versátil para indústrias verdes. Sua transformação em fertilizantes e bioestimulantes melhora os solos degradados e reduz a dependência de produtos químicos convencionais.

A pirólise permite gerar energia renovável destas algas, ao mesmo tempo que reduz a queima de combustíveis fósseis. Paralelamente, novos compostos extraídos do sargaço servem para criar cosméticos e materiais biodegradáveis.

Aproveitar essa biomassa evita que ela atinja grandes volumes as praiaso que ajuda a proteger ecossistemas costeirosreduzir emissões tóxicas e mitigar os riscos para a saúde.

Um futuro onde a ameaça se transforma em oportunidade

Granada caminha para um modelo de economia circular baseado em resíduos abundantes e nocivos. A participação comunitária e a cooperação internacional definem o rumo para soluções sustentáveis.

O impulso inovador e a criação de novas indústrias poderão mudar a relação do país com o seu ambiente marinho. Entretanto, as autoridades continuam a avaliar projectos para consolidar uma cadeia de valor que beneficia toda a população.

O desafio é enorme, mas também o é o potencial para transformar uma crise ambiental em uma oportunidade regional.



Com informações da AFP e Econews.

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