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energia limpa e flexível para o futuro


Um grupo de pesquisadores do Universidade McGill (Canadá) fez um avanço surpreendente no campo da energia portátil: um bateria biodegradável, elástica e estávelcapaz de alimentar wearables e pequenos sensores sem depender de materiais tóxicos ou processos complexos de reciclagem.

Gelatina, magnésio e a memória do limão

A bateria baseia-se numa ideia simples mas inovadora: utilizar gelatina como eletrólito macio e combiná-lo com eletrodos magnésio e molibdêniodois metais benignos que se degradam facilmente no solo.

O desafio era superar a camada passivante que o magnésio forma e que retarda a reação eletroquímica. A solução foi inspirada nos limões: os pesquisadores incorporaram ácidos cítrico e láctico à gelatina, o que permitiu quebrar essa camada, melhorando a condutividade e prolongando a vida útil da célula.

Estética e funcionalidade: kirigami aplicado à energia

A inovação não se limita à química. Inspirado por kirigamia arte japonesa de cortar e dobrar papel, os pesquisadores criaram um padrão que permite que a bateria seja esticar até 80% sem perder desempenho.

Este detalhe abre portas para aplicações muito variadas:

  • Sensores médicos flexíveis.
  • roupas inteligentes que se adapta ao movimento do corpo.
  • Vestíveis ambientais para monitoramento urbano ou agrícola.

Testes de resistência e desempenho

Para verificar sua eficácia, um sensor de pressão do dedoalimentado por uma microbateria de apenas 1 × 1cm. O aparelho funcionou sem problemas, com uma potência um pouco inferior à de uma bateria AA convencional, mas suficiente para aparelhos com baixa demanda de energia.

Quando a bateria acabou, ela foi imersa em soro fisiológico: em menos de dois meses, o gelatina e magnésio foram completamente decompostos. O molibdênio, de degradação mais lenta, também apresentou um impacto ambiental muito reduzido em comparação com os metais pesados ​​nas baterias tradicionais.

Impacto ambiental e clínico

Esse avanço mostra que é possível fabricar dispositivos de energia seguro, macio, flexível e capaz de desaparecer sem deixar resíduos tóxicos.

  • A degradação controlada evita a geração de metais pesados, solventes orgânicos ou polímeros persistentes.
  • Em contextos clínicos, onde proliferam sensores descartáveis ​​e implantes temporários, poderia reduzir a pressão sobre os sistemas de gestão de resíduos.
  • Por ser leve e flexível, minimiza a quantidade de material utilizado, reduzindo o pegada ambiental da fabricação.

Aplicações potenciais

A tecnologia se cruza com tendências emergentes, como:

  • Sensores ambientais urbanos.
  • agricultura de precisão.
  • Biomonitores para vida selvagem.
  • Dispositivos médicos biodegradáveis que não necessitam de remoção cirúrgica.

Cada aplicação evita a geração de plásticos, ligas e baterias convencionais que vão parar em aterros sanitários.

Rumo a um design ecologicamente responsável

O desenvolvimento de baterias biodegradáveis ​​e extensíveis não é apenas uma curiosidade académica. Pode ser integrado em modelos de produção mais limpaespecialmente em setores que consomem grandes quantidades de microbaterias, como wearables e a Internet das Coisas.

Além disso, abre a porta para novos padrões de design ecologicamente responsávelonde os dispositivos são concebidos desde o início para ter uma fim de vida seguro sem resíduos perigosos.

Se esta linha tecnológica avançar, poderá reduzir a dependência de materiais críticos, impulsionar economia circular em eletrônica leve e normalizar uma ideia fundamental: Nem toda bateria deve durar para sempre; alguns devem desaparecer sem sujar o planeta.



Com informações da AFP e Econews.

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