Em 20 de dezembro de 2025, a Dinamarca lançou o a primeira planta dinâmica de amônia verde do mundoum projecto que marca uma mudança de mentalidade na forma de integrar energias renováveis intermitentes dentro de processos industriais tradicionalmente rígidos.
Um projeto pioneiro
A fábrica, localizada em Ramme (Jutlândia Ocidental)foi impulsionado pela colaboração entre Topsoe, Skovgaard Energy, Vestas e o programa público dinamarquês EUDP. Ao contrário das instalações convencionais, concebidas para funcionar com carga constante, esta central ajusta a sua produção de amoníaco verde em tempo real com base nas flutuações da energia eólica e solar disponíveis.
- Flexibilidade total: sincroniza a eletrólise da água (para obtenção de hidrogênio verde) com a síntese de amônia, evitando a necessidade de superdimensionar baterias ou tanques de hidrogênio.
- Eficiência prática: quando o vento sopra forte, aproveite o excedente renovável; Quando a produção cai, reduz sua atividade sem comprometer a estabilidade do processo químico.
Relevância da amônia verde
Ele amônia verde Há anos que é apontado como um vetor energético fundamental para descarbonizar setores de difícil eletrificação:
- Fertilizantes agrícolas.
- Transporte marítimo.
- Processos industriais intensivos.
O desafio não foi o conceito, mas a execução. Este projeto demonstra que o a química industrial pode ser flexível e operar sem combustíveis fósseis, mudando o cenário da transição energética.
Impacto local e estratégico
O CEO da Energia Skovgaard destacou o impacto na inovação, no emprego e no desenvolvimento numa zona rural, lembrando que a transição energética implica também criar valor nos territórios.
Além do avanço técnico, a planta reforça a Autonomia energética europeia:
- A amônia verde pode ser produzida localmente.
- É facilmente armazenado e transportado, sem as complexidades do hidrogénio puro.
- Num contexto de tensões geopolíticas e preços voláteis da energia, ter combustíveis sintéticos renováveis produzidos internamente torna-se uma questão estratégica.
Vantagens do modelo dinâmico
A abordagem abre a porta para mais plantas pequeno, distribuído e conectado ao territórioem vez de megaprojetos centralizados:
- Produção próxima do consumo.
- Menos transporte e perdas.
- Maior resiliência energética.
A curto prazo, poderá facilitar a utilização de amoníaco verde como combustível marítimo nos portos europeusreduzindo as emissões nas principais rotas comerciais. No médio prazo, promete transformar o indústria de fertilizantesresponsável por uma parte significativa das emissões agrícolas.
A dinâmica central de Ramme demonstra que a transição energética não consiste apenas na instalação de mais energias renováveis, mas também na aprenda a conviver com sua variabilidade. Este marco tecnológico abre um caminho realista para a descarbonização dos setores intensivos e para a consolidação da autonomia energética europeia, mostrando que a inovação pode ser flexível, local e estratégica.
Com informações da AFP e Econews.