Um grupo de paleontólogos descobriu uma nova espécie de tartaruga fóssil e eles a nomearam em homenagem ao cantor Shakira.
Batizado Shakiremys colombianosesta espécie foi encontrada por paleontólogos do país sul-americano no Deserto de Tatacoa.
A descoberta foi feita por especialistas do Universidade Rosário da Colômbia e corresponde a uma cópia do Mioceno Médio.
Em particular, o espécime seria datado 13 milhões de anos.
Um fóssil de tartaruga completo e único
O exemplar encontrado inclui um crânio completo e duas conchas articuladas, tornando-o um dos fósseis mais completos nunca descoberto na região.
De acordo com o Universidade de Rosárioas características anatômicas deste tartaruga eles transformam isso em um conjunto único nunca antes visto em outros exemplares da família Podocnemididae.
A equipe era formada por quatro paleontólogos e um estudante universitário, próximo ao Museu La Tatacoa.
Os especialistas trabalharam durante dois anos e meio no escavação, preparação e análise científica.
Ao comunicar as novas espécies, Andrés Vanegasdiretor do Museu Tatacoa, admitiu que “trata-se algo nunca visto antes«.
Como era o Shakiremys colombiano, a tartaruga fóssil batizada em homenagem a Shakira
O tartaruga Era pequeno, com uma concha que não ultrapassava 40 centímetros longo.
Usando tomografia computadorizada, os cientistas reconstruíram seu neuroanatomia e descobriu adaptações únicas:
- Órbitas orientadas dorsalmente: seus olhos olhavam para cima, indicando que ele habitava o fundo do corpos de água;
- Entalhe na casca: Tinha um corte em U próximo ao pescoço que lhe dava maior mobilidade cervical;
- Versatilidade ecológica: poderia se adaptar a vários ecossistemas aquáticosde lagos para rios;
- dieta onívora: Alimentava-se de diversas fontes, tanto vegetais quanto animais.
Edwin Cadenapaleontólogo-chefe da pesquisa, explicou que essa versatilidade “teria lhe permitido coexistir com diversas espécies de tartarugas nos diversos ecossistema aquático “que existia na área de Tatacoa há milhões de anos.”
O Shakiremys Ele poderia viver tanto em águas escuras quanto em águas claras, uma adaptabilidade incomum em sua família.
A homenagem a Shakira da ciência
O nome combina o sobrenome de Shakira com a raiz grega “emys”, que significa tartaruga de água doce.
Os pesquisadores optaram por esta homenagem por vários motivos: a música da artista acompanhou seus dias de trabalho de campo no deserto.
A equipe também encontrou conexões entre paleontologia e a letra da cantora, como a frase “Somos galhos da mesma velha árvore”que reflete o estudo dos ancestrais comuns.
Um dos versos da música ‘Pies descalzos’ enquadra-se na morfologia do tartaruga: «Por milênios e milênios você permaneceu nu. E você enfrentou dinossauros “sob um teto e sem escudo.”
Antes do anúncio público, os cientistas contataram a mulher de Barranquilla e receberam sua aprovação para usá-la nome.
O paleontólogo Cadena destacou que usar o nome de uma figura tão influente é uma estratégia eficaz para comunicação científicatrazendo temas que parecem distantes para o grande público.
A importância científica da descoberta
A descoberta é crucial para entender o evolução do tartarugas que hoje habitam os principais sistemas fluviais do norte da América do Sul: Amazônia, Orinoco e Madalena.
O exemplar de Shakiremys colombianos Atualmente está exposto no Museu de História Natural La Tatacoa, localizado em La Victoria, Huila.
Esta descoberta consolida a Deserto de Tatacoa como um dos leitos fósseis mais importante na América do Sul para o estudo do passado pré-histórico.
Com informações da AFP e Econews.
